Nossa História

Uma história de muitas lutas e conquistas marca a trajetória construída pela categoria dos Ceramistas. Conheça parte dela!

Fundação

Inaugurado em 1958, o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Vidros, Cristais, Espelhos, Cerâmica de Louça e Porcelana de Jundiaí, Itatiba e Louveira foi reconhecido em 1 de agosto do mesmo ano

Seu primeiro presidente, José Batisteli, iniciou as lutas numa época de repressão no país. Para a categoria, a instalação do sindicato representou uma grande vitória, porque, além de poder melhorar as condições de trabalho, seria possível reunir os amigos.

A primeira sede foi na Rua Dr. Cavalcanti, depois passou para a Rua Marechal Deodoro da Fonseca e, em 2008, a categoria ganhou sede própria. Um prédio moderno inaugurava 50 anos de muito trabalho e suor, como gosta de lembrar o atual presidente, Antônio Maltauro Faconi, o Toninho.

Conquistas históricas

Ganhando por hora

Entre as décadas de 70 e 80, o Sindicato, em parceria com os trabalhadores, conseguiu alterar a modalidade de trabalho dos ceramistas de “tarefereiros” (tarefas realizadas) para “horistas” (ganho por hora). Na época, os trabalhadores eram prejudicados quando havia perda do produto final, e não recebia seu salário integral”, lembra Toninho Maltauro, presidente do Sindicato.

Horas extras

A atual política de horas extras da categoria beneficiou os trabalhadores que se dedicam ao seu ofício além da jornada habitual de trabalho. As horas extras realizadas de segunda a sexta-feira são acrescidas em 80%, aos sábados 110% e, aos domingos e feriados, 120%. Sem contar com o adicional noturno de 50%.

Dia dos Ceramistas

Segundo publicações dos jornais da época, a cidade de Jundiaí era considerada o maior centro ceramista da América Latina, responsável por quase 80% da produção do país. O vereador Antônio Tavares apresentou um projeto de Lei na Câmara Municipal de Jundiaí, aprovado em 23 de abril de 1981, instituindo o Dia dos Ceramistas, comemorado em 28 de maio.

Silicóticos

Na área da saúde, os trabalhadores silicóticos conseguiram estabilidade de emprego até a data de suas aposentadorias, o que não acontecia. Esta vitória foi alcançada em meados da década de 80 e colaborou muito para melhores condições de trabalho.

Lazer

A aquisição do terreno para a construção do Clube de Campo foi uma grande vitória para a categoria. No final dos anos 80 iniciou-se a construção de espaços de lazer. Primeiro veio a quadra coberta, depois o mini campo de futebol de areia. Em 1991, foi a piscina e em 1998, o ginásio poliesportivo Ercílio Borriero.

Nova Sede

Para aprimorar o atendimento, conforto e acomodar melhor os serviços oferecidos pelo Sindicato dos Ceramistas, a atual sede contempla um prédio de três pavimentos, no Centro da Cidade de Jundiaí. 

Greves

Para o presidente do Sindicato, Toninho Maltauro, a greve é necessária apenas em casos extremos, pois é desgastante tanto para a empresa, como para o funcionário.

Esse foi o caso das greves extensas que aconteceram entre 1987 e 1988, parando as quatro maiores empresas da região, por aproximadamente 15 dias. A proposta patronal foi rejeitada após 11 dias de paralisação. Então, a categoria continuou parada, até que um acordo saísse. Esse movimento foi o primeiro sob a presidência de Maltauro. Nos anos 90, o trabalhador não se mobilizou na frente das fábricas, mas na sede do Sindicato. “A manifestação foi marcada pela organização da classe ceramista”, conclui o presidente

Cerâmicas Jundiaiense

Roca

O grupo Roca teve no sonho de seus irmãos o começo de sua história. Em 1999, depois de fazer-se presente em boa parte do mundo, iniciou sua trajetória no Brasil ao incorporar uma tradicional empresa do ramo, a Keramik Holding Ag Laufen, detentora das marcas Incepa e Celite. Com tradição de quase um século, o Grupo Roca esteve presente em 17 países, contando com 42 fábricas e teve presença comercial em 80 países.

Ideal Standard

Em 1948, por iniciativa dos irmãos Spiandorin, Duílio, Egídio, Bruno e Roberto, e de Eugênio Giarola e João Bandeira, que, com experiência adquirida na Cerâmica Jundiaiense, fundaram a Cerâmica Colônia. Assim, se associaram a Fausto Zonaro, Nicolau Kapacla e José Sarpi Filho. No começo, eram produzidas apenas louças sanitárias brancas vitrificadas. Os primeiros fornos eram de tijolos de barro. Pouco tempo depois vieram os “fornos túneis” no sentido horizontal, que aumentaram a capacidade produtiva. A Cerâmica Colônia foi a primeira indústria do Brasil e da América Latina a lançar conjunto sanitários coloridos para banheiro. Em 1958, a empresa foi vendida para a multinacional American Radiator&Standard Sanitary Corporation. O primeiro diretor da Ideal Standard foi o então empresário paulista, Luiz Eduardo Campello. Fonte: Jornal de Jundiaí, março de 2008.

Deca

Fundada em 1947, pelos engenheiros Olavo Egydio Setúbal e Renato Refinetti, em São Paulo, a empresa ficava em um galpão de 210 metros quadrados, quando fabricava chaves, fechaduras e pequenas peças, por meio de um inédito sistema de fundição sob pressão. Em 1968, incorporou a Cia Cerâmica Jundiaiense, acrescentando à linha da empresa a produção de louças sanitárias. Isto porque na década de 20 era necessário a importação de louças da Europa, por preços exorbitantes, e então Jundiaí selava o início da história da Cerâmica Sanitária Brasileira. Finalmente, em 1972, a Duratex S.A. incorporou a Deca, passando a adotar esta marca nos metais e louças sanitárias fabricados por ela. Em 1980, foi inaugurada a segunda fábrica de Cerâmica Sanitária em Jundiaí e um ano depois, a Duratex comprou sua terceira unidade em São Leopoldo (RS). E a expansão não parou.

Manoel Archer de Castilho, considerado o criador da moderna indústria cerâmica do Brasil

Começo de tudo

“Quando a Deca, aliás a Cia. Cerâmica Jundiaiense, iniciou suas atividades, Jundiaí ainda se escrevia com h (Jundiahi), tinha menos de 10 mil habitantes e suas ruas não possuíam calçamento. Começamos tudo com a poesia dos mocinhos. Éramos nove engenheiros, uma equipe que nascia nos bancos da Politécnica – a rede de esgotos do bairro de Pinheiros, em São Paulo, foi trabalho nosso – queríamos criar, não fossilizar. Foi quando decidimos fabricar isoladores de porcelana para o uso elétrico. Falando sério, ninguém entendia nada de cerâmica. Enterramos muito dinheiro na empreitada, mas não a esperança. Esse primeiro insucesso ligado à cerâmica não serviu para desanimar o grupo. E, em 1922, Eloi Chaves e Edmundo Krug nos chamaram a Jundiaí, oferecendo por 1.200 contos suas fábricas de cerâmica de barro para esgoto. O desafio foi aceito. Nascia a Companhia Cerâmica Jundiaiense. E o mais pitoresco disso tudo é que ninguém entendia nada de cerâmica. Foram contratados técnicos e a produção inicial da fábrica restringia-se à louça de pó-de-pedra: xícaras, pratos, tigelas etc. Devagar, foi iniciada a fábrica de louça sanitária. Naquele tempo, a louça era feita em 14 fornos redondos e intermitentes, substituídos em 1950 por dois fornos-túneis, de 75 metros de extensão. A Cia Jundiaiense teve, no princípio, que enfrentar inúmeras dificuldades com os concorrentes. Eles se incomodaram tanto com a nossa chegada, que tentaram tudo para nos desanimar. Éramos obrigados a vender cada peça por 22 mil réis, sem lucro nenhum. E nesta época a grande concorrência vinha do exterior, da Inglaterra.” Passada a tempestade, a companhia se firmou e no final da década surgiu para o Dr. Manoel Ildefonso um outro desafio. Fundiu-se com a Pozzi, de Milão, da qual o vaticano era o maior acionista. “Ficamos sócios do papa. Tínhamos 51 por cento das ações e o Vaticano 49 por cento. A união com o Vaticano durou pouco tempo, devido à crise europeia.

ENDEREÇO

Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 213 Centro Jundiaí/SP
CEP 13201-002

TELEFONE

EMAIL

FUNCIONAMENTO